Engenharia Integrada

No final da década de 1970, a fabricante de veículos japonesa Honda ampliou a qualidade de seus produtos e a eficiência de suas fábricas com a adoção de “times” multidisciplinares de desenvolvimento de produto, compostos por funcionários de diferentes departamentos da empresa e por engenheiros convidados dos principais fornecedores da empresa.

Parte do sucesso da indústria automobilística japonesa nos anos 1980 e 1990 pode ser creditado ao desenvolvimento e aplicação de técnicas de Engenharia Integrada (ou Engenharia Simultânea) no desenvolvimento de novos automóveis. Enquanto na indústria automobilística japonesa, no final da década de 1980 e início da década de 1990, o tempo médio de lançamento de um novo veículo (desenvolvido com elementos de engenharia integrada) era da ordem de 30 meses, nas companhias ocidentais, na mesma época, o tempo de desenvolvimento de novos modelos girava em torno de 50 a 60 meses.

Esta é a filosofia da engenharia integrada – desenvolver simultaneamente as várias etapas do produto através de coordenação multidisciplinar eficiente, buscando reduzir o tempo e o custo de produção. No caso de edificações significa conceber e desenvolver os (diversos) projetos em paralelo, antecipando e resolvendo as interferências.

O sucesso no desenvolvimento de novos produtos pela indústria japonesa em relação aos seus concorrentes ocidentais foi dado, em grande parte, pela filosofia de paralelismo e integração no desenvolvimento de novos produtos.

Sequência das atividades de projeto

A gestão tradicional (sequencial) do projeto faz com que os problemas e as incompatibilidades sejam “empurrados” para fases seguintes, onde as soluções são mais complexas e, frequentemente, acarretam retrabalhos. Por outro lado, o desenvolvimento em paralelo de diferentes fases do projeto possibilita uma economia no tempo de evolução do mesmo e permite o lançamento de novos produtos em menor tempo.

Um dos principais objetivos da EI é permitir o lançamento de novos empreendimentos em menor tempo. Busca-se, dessa forma, uma ampliação da competitividade da empresa, pela maior agilidade na geração de projetos e uma flexibilidade produtiva que permita o ágil atendimento a novas demandas de mercado.

Vantagens da engenharia integrada

A Engebrac destaca, com sua experiência, como uma das principais vantagens da EI a redução no custo global do empreendimento, obtido principalmente pela redução das incertezas no processo de projeto.

A superioridade dos resultados alcançados no desenvolvimento de empreendimentos por meio da Engenharia Integrada, frente ao processo tradicional (sequencial), pode ser ilustrada esquematicamente na imagem abaixo, na qual são apresentadas curvas que representam o tempo de desenvolvimento. A área sobre a curva representa o custo de projeto ao longo do tempo.

Podemos constatar que a maior parte das decisões nos projetos com EI concentra-se nos primeiros meses de projeto, enquanto no processo tradicional, além das decisões, um grande número de revisões é necessário e as modificações ocorrem mais tardiamente, até mesmo depois do lançamento do produto. Isso reforça a ideia de que a qualidade deve ser buscada desde as primeiras fases dos empreendimentos e que os projetos têm um papel crucial nesta busca.